O movimento de migração para o mercado livre de energia segue em ritmo acelerado em 2025, consolidando-se como uma realidade em todas as regiões do Brasil. Somente no primeiro semestre do ano, mais de 13,8 mil unidades consumidoras aderiram ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), número que evidencia a força e a expansão do setor.
A abertura para novos perfis de consumidores e a busca por custos mais competitivos estão entre os principais fatores que impulsionam esse crescimento. Além das empresas, consumidores pessoa física também começam a marcar presença nesse ambiente, aproveitando a possibilidade de contratos sob medida e o acesso a novas fontes de energia.
Principais destaques da migração em 2025
Crescimento expressivo
O número de unidades migradas no primeiro semestre apresentou alta de 26% em relação ao mesmo período de 2024, mostrando a consolidação do mercado.
Expansão regional
A migração deixou de ser concentrada apenas em grandes centros industriais. Estados como Mato Grosso, Amazonas, Maranhão e Rondônia registraram crescimento relevante, reforçando que o mercado livre já é realidade em todo o território nacional.
Liderança de estados e setores
São Paulo manteve a liderança em número absoluto de adesões, enquanto o Paraná apresentou o maior percentual de crescimento. Entre os setores, o de serviços foi o mais representativo, com avanços também no comércio, saneamento, indústria alimentícia e metalurgia.
Adesão de consumidores pessoa física
O número de migrações realizadas por consumidores pessoa física quase dobrou em relação a 2024, alcançando 223 adesões no primeiro semestre, especialmente em pequenas propriedades rurais.
Apoio do poder público
A Medida Provisória 1.300/2025, publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), prevê a abertura gradual do mercado livre para todos os consumidores a partir de 2026, incluindo os residenciais.
Por que a migração está acontecendo?
Economia: a principal vantagem está na redução de custos, que pode chegar a até 35% no valor da energia.
Autonomia e escolha: o consumidor pode selecionar o fornecedor e negociar contratos sob medida, alinhados às suas demandas.
Sustentabilidade: o mercado livre possibilita adesão a fontes renováveis, como solar e eólica, com a emissão de certificados de energia limpa.
Informatização: a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) investe em tecnologia e infraestrutura para garantir o bom funcionamento e a segurança do mercado.
Acesso à informação: a maior conscientização sobre os benefícios do ACL tem atraído tanto grandes empresas quanto pequenos negócios e consumidores individuais.
O mercado livre de energia representa uma transformação profunda no setor elétrico brasileiro, oferecendo economia, previsibilidade e sustentabilidade. A expectativa é que, com a abertura prevista para 2026, cada vez mais consumidores possam usufruir dessas vantagens.